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segunda-feira, 11 de maio de 2009

Bom humor antecedeu reunião com paraguaios

Um técnico do setor elétrico conta que, diante da preocupação do Palácio do Planalto em buscar um entendimento que ajudasse o ex-bispo a se livrar da degola em meio aos sucessivos escândalos, o presidente da Eletrobrás, José Antônio Muniz, provocou gargalhadas ao sair com essa:"Não vai ser fácil fechar este acordo. Quem é que pode acreditar em um homem que enganou até Jesus Cristo?"

 

Ao longo do debate sobre a pretensão do Paraguai de aumentar o preço da energia ">cedida" ao Brasil, a assessoria do governo queria recomendar a Lula que começasse a discussão indagando o que Lugo entende por "energia cedida". Foi atalhado por outro técnico que arriscou: "A primeira coisa que o presidente vai querer saber é o que Lugo fez para conquistar tantas mulheres".

 

Para espanto dos brasileiros, que esperavam um discurso ameno e uma postura mais "humilde" dos negociadores paraguaios, Canese foi descartando, uma a uma, as sugestões do governo brasileiro, e ainda mostrou que conservava a língua afiada de sempre.

 

A equipe técnica ligada ao Ministério de Minas e Energia se manteve conectada à internet durante todas as reuniões, para acompanhar em tempo real os destemperos do coordenador paraguaio. "Imaginem que o Canese disse que o ministro (de Minas e Energia, Edison Lobão) é muito duro na negociação porque veio da ditadura", assombrou-se um dos técnicos. "O Lobão vai ficar uma fera quando souber."


Milhares protestam contra o G-20 em Londres; onze são presos

passeatas convergem em frente ao BC britânico, causando tensão; vidraças do RBS foram quebradas




A principal manifestação chama-se "G-20 Meltdown" (ou "Derretimento do G-20"). Quatro passeatas - apelidadas de "Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse" - partiram de pontos diferentes de Londres e se encontraram em frente ao Banco da Inglaterra. 

Segundo a polícia, mais de três mil pessoas participaram da "G-20 Meltdown". Mais de cinco mil policiais foram deslocados para fazer a segurança da City, o centro financeiro de Londres. 

O número é muito inferior a outro protesto realizado em Londres no sábado, que reuniu mais de 35 mil pessoas. No protesto de sábado, apenas uma pessoa foi presa.

Muitas empresas e bancos que funcionam próximo ao Banco da Inglaterra instruíram seus funcionários a vestir roupas mais informais e a não usar ternos, para não se transformarem em alvos dos manifestantes. 

Alguns manifestantes foram detidos pela polícia por dirigirem um veículo blindado próximo aos protestos. Outros grupos também estão protestando na praça de Trafalgar e em frente à embaixada americana. 

Longe da linha de frente dos manifestantes e da polícia, o clima é mais tranquilo, com pessoas escutando música e dançando. 

Nesta quinta-feira, os manifestantes planejam novos protestos em frente ao Excel Centre, no leste de Londres, onde acontecerá a reunião dos líderes dos países do G20 sobre a crise econômica mundial. 

Brasil 

No Brasil, a ONG Greenpeace parou por 15 minutos o tráfego na Ponte Rio-Niterói, no sentido Rio, para enviar um recado aos líderes do G-20. Uma faixa foi estendida no vão central em uma operação com 40 militantes, sendo 10 deles alpinistas. Com a altura de um prédio com dez andares e o comprimento do campo do Maracanã, a faixa contém a frase em inglês "líderes do mundo: pessoas e o clima em primeiro lugar". 

"Este recado tinha que ser dado aqui no Rio onde nasceu a convenção climática há 17 anos, durante a Eco-92", declarou o diretor da Campanha Amazônia do Greenpeace, Paulo Adário. Ele defendeu que os líderes discutam além da crise econômica, a crise climática durante o encontro do G-20. 

Adário criticou o governo brasileiro que, segundo ele, está na contramão das grandes potências, como o governo norte-americano, que exigiu contrapartidas das montadoras ao socorro financeiro oferecido. "Enquanto nos EUA, Obama exige que a indústria automobilística construa modelos menos poluentes em troca da ajuda em dinheiro, Lula entrega R$ 4,5 bilhões às montadoras sem exigir a mudança do combustível diesel, que é altamente poluente. Além disso, o BNDES abre linha de financiamento para os abatedouros, que são um dos grandes responsáveis pelo desmatamento na Amazônia", acusou o ativista. 

A manifestação defende ainda que os países ricos abram uma linha de crédito de US$ 30 bilhões para que os países em desenvolvimento possam "zerar o desmatamento", com geração de emprego e renda em regiões como a Amazônia. "Todos os cálculos apontam que cerca de US$ 8 bilhões de dólares seriam suficientes para isto nesta região brasileira", concluiu Adário.